sábado, 4 de julho de 2009

Fotografia: Gilles Berquet

Realismo e Surrealismo em BDSM


Gilles Berquet nasceu em Paris, participou de inúmeras exposições individuais e coletivas por todo o mundo, desde de 1984, em especial na Europa, EUA e Japão.

Lançou em 1994 o livro ‘La Solitude des Anges’ e tornou-se conhecido mundialmente pelo seu talento. As fotografias de Gilles Berquet são consideradas de “erotismo clássico” dentro de uma contradição sexual e artística.

Trabalhando com namoradas e amigas, ao invés de modelos profissionais, esta coleção apresenta uma série de mulheres imobilizadas e em cenas de dominação. Práticas da podolatria e chuva dourada são amplamente retratadas em seu trabalho. Outras cenas não muito comuns de serem mostradas no contexto BDSM, como a masturbação e gravidez, são também temas dessa mostra.

Seu estilo fotográfico é único. Ele foca a cena através de uma iluminação pontual e coloca em cenário objetos, fragmentos de pessoas e detalhes estranhos, tornando a cena ora realista e ora surrealista.

Seu trabalho tem um senso agudo de liberdade sexual e inovação erótica dentro do mundo dos fetiches.

site oficial: http://web.mac.com/gilles.berquet/gilles_berquet/GILLES_BERQUET_OFFICIAL_SITE.html


Veja abaixo algumas fotos de Gilles Berquet:








fonte: desejo secreto

Pães em formatos de partes do corpo humano



Na Tailândia, um escultor modela e vende pães em forma de cabeça e outras partes do corpo, todas “ensangüentados”. Depois de ser chamado de louco, ele afirma que as pessoas entenderam sua mensagem budista: não devemos confiar na aparência das coisas, mas sim em seu conteúdo.

Um escultor tailandês resolveu unir suas duas paixões: o budismo e a escultura. A idéia era mostrar ao mundo que não devemos confiar na aparência das coisas, mas em seu conteúdo. Para isso, ele usou os conhecimentos de sua família, com longa tradição na panificação.



Desde 2006, Kittiwat Unarrom usa a massa para fazer os pães mais horríveis que se pode imaginar. O realismo das peças é incrível: além de ter um domínio impressionante da anatomia humana, Unarrom usa cores vermelhas para sombrear suas peças, criando feridas abomináveis. “É claro que as pessoas ficaram chocadas e acharam que eu estava louco quando viram o trabalho”, disse Unarrom. “Mas, uma vez que eles entenderam a idéia que havia por trás, ficaram interessados.”

Os pães, totalmente comestíveis, ficam numa loja em Ratchaburi e são embalados em bandejas de isopor e plástico. Para dar mais dramaticidade à sua instalação artística, Unarrom pendura braços e cabeças (de pão, é claro) em ganchos de açougue.

veja também o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=GKSO7m3-MH8

FONTE: Revista Época






Morte verde

Qual a forma mais ecológica de morrer?

Saiba como o método freeze-dry congela o cadáver e o transforma em adubo


Já há quem pense em como ir desta para a melhor sem deixar o mundo pior. Não há consenso de qual é a alternativa mais ecológica, já que todas têm algum defeito: a cremação joga CO2 na atmosfera, e soluções como transformar em diamante ou jogar no espaço obviamente consomem muita energia. Alguns especialistas apontam o método freeze-dry, por enquanto disponível apenas na Suécia, como a forma menos agressiva de deixar este mundo. Parece coisa de ficção científica, como você confere no quadro abaixo.

“Em resumo, o enterro mais ‘verde’ é o que evita desperdício de recursos, não utiliza substâncias tóxicas e opta por materiais biodegradáveis sem risco de extinção e protege áreas ameaçadas”, explica o biólogo Billy Campbell, fundador do primeiro cemitério verde dos EUA, o Ramsey Creek, em funcionamento desde 1996.

O problema dos cemitérios tradicionais (destino final de 80% dos brasileiros) é que 75% deles não respeitam determinações técnicas e acabam poluindo o ambiente com necrochorume (a substância tóxica produzida pelo cadáver em decomposição).

Um corpo de 70 quilos gera 30 quilos de necrochorume, por exemplo. “Os micro-organismos são levados pela água para fora do cemitério por quilômetros de distância, causando doenças como tétano, hepatite, febre tifoide e disenteria”, diz o geólogo e professor da Universidade São Judas Tadeu, Leziro Marques Silva.

Veja abaixo as etapas do processo freeze-dry:

1 - ERA DO GELO
O método de congelamento e desidratação está disponível desde 2005 na Suécia. O primeiro passo é mergulhar o corpo em nitrogênio líquido, a -196 ˚C. Além de congelar, ambos se tornam extremamente quebradiços.
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2 - QUEBRA TUDO
O cadáver congelado é colocado para vibrar em uma esteira. Bastam alguns minutos para que tudo se estilhasse e vire pó. Equipamentos filtram água e um ímã retira qualquer metal proveniente de próteses ou obturações.

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3 - EMPACOTADO
O pó resultante (20 kg a partir de um corpo de 80 kg, por exemplo) é colocado em uma caixa de amido de batata ou milho e enterrado em um túmulo raso.

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4 RECICLAGEM
Planta-se uma árvore em cima da caixa para que ela aproveite seus nutrientes. Dentro de 6 meses a 1 ano, os restos desaparecem

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E aí, qual delas preferes?

Inara Chayamiti Revista Superinteressante 07/09


quinta-feira, 2 de julho de 2009


Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alva
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alteava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.



Edgar Allan Poe